das Assembléias de Deus do Japão
Nihon Assenburiizu obu Goddo Kyodan
Do Pentecoste ao período da II Guerra
ADJ - Tokyo
formando ministros para a Assembléia de Deus do Oriente
NO PERÍODO ANTERIOR À SEGUNDA GUERRA MUNDIAL"
Por Masakazu Suzuki
Tradução de João Cruzué
cópia não autorizada
"Existem dois livros publicados sobre a historia das JAG-Assembléias de Deus do Japão. Um foi escrito em comemoração ao 30º ano da fundação do grupo e o outro por ocasião do seu Jubileu de Ouro. A descrição do segundo livro é quase a mesma do primeiro. Ao ler os dois tive a impressão de que alguma coisa estava incompleta, pois havia ambigüidade neles; parecia como se alguma coisa a mais estava faltando do apenas detalhes. Em resposta, com minha pesquisa esperava conseguir um pouco mais de clareza nessa história. Mas fiquei perplexo ao encontrar outros incidentes significativos, os quais na verdade aconteceram mas foram completamente excluídos dos dois livros de história publicados pela JAG.
O propósito deste artigo é oferecer um esboço sobre os missionários do Pentecoste a fim de examinar a historiografia das JAG - Assembléias de Deus do Japão e propor uma estrutura para o período histórico do pré-guerra o qual poderá ser usado como ajuda para entender nosso exame futuro desta história.
2. Problemas de Historiografia
Ambigüidade e incoerência - eu afirmei que encontrei nas duas historiografias disponíveis, ambigüidade e incoerência devido em grande parte a certas áreas e pessoas dentro da história cujos nomes têm sido omitidos e excluídos. Como exemplo desta exclusão, examinaremos em detalhes, ao manuseiar dos dois livros de missionários do período pré-guerra.
Tadashi Sakurai, um historiador de igrejas japonesas, escreveu em 1933 “Kyohabetsu
A descrição contida
Some-se a esta discrepância, o número de missionários registrados nos livros de história da JAG e no Anuário Cristão do Japão, difere substancialmente. Nos livros históricos da JAG constam apenas os nomes de apenas 16 missionários e casais do pré-guerra em sua listas. Todavia, encontrei os nomes de 29 missionários ou casais de missionários da missão das Assembléias de Deus no Anuário Cristão do Japão, sendo que sete deles, registrados nos livros, voltaram como missionários da das Assembléias de Deus depois da guerra.
Como podemos ver, comparando as listas, 12 nomes de missionários foram apagados da história das Assembléias de Deus do Japão. Esta discrepância indica claramente quanto coisa está faltando em seus livros históricos .
3. Missionários Pentecostais para o Japão
As três ondas de missionários pentecostais - Em 1907 veio a primeira onda com a chegada de M. L. Ryan e seu grupo: “Luz Apostólica ou Movimento da Fé Apostólica”, vindos de Spokane – Washington – EUA. A segunda onda foi a chegada dos missionários pentecostais independentes, depois de 1910. E, a terceira onda veio com a chegada dos missionários denominacionais - começando em 1919.
Com M. L. Ryan e seu grupo – "Luz Apostólica ou Movimento da Fé Apostólica".
Devido a falta de registros disponíveis, não pudemos traçar muita coisa de seu ministério no Japão. Eles trabalharam principalmente em Yokohama e nas vizinhanças de Tokyo enquanto estiveram no Japão, com exceção de um casal – os Coylors, que seguiram para Sendai, ao Norte. Segundo o Anuário Cristão do Japão de 1909 somente os Ryans permaneceram, do grupo original "Luz Apostólica". A maioria dos outros membros ou seguiram para a China ou retornaram à América. Já no Anuário Cristão de 1910, encontramos que eles ordenaram um japonês para ministro e três senhoras japonesas para evangelistas.
Eles também tinham uma igreja com cerca de 100 membros. Todavia, os Ryans também deixaram o Japão e depois de pouco tempo nós não conseguimos traçar qualquer conexão entre este grupo e a Nihon Pentekosute Kyokai que mais tarde se desenvolveu.
Uma vez no Japão estes missionários uniram-se para formar a missão chamada as" Assembléias de Deus no Japão", por volta de 1915. O Senhor William T. Taylor e sua esposa Mary Taylor; Estella Bernauer, C. F Juergensen, F. H. Gray foram os membros da missão original. B. S. Moore, L. W. Coote, Alexander Munroe juntaram-se ao grupo pouco tempo depois. Destes missionários, somente Marie Juergensen – que na verdade era ainda uma criança no início – e Leonard Coote, continuaram seus ministérios depois da guerra. Mas segundo o Conselho apenas Marie Juergensen ficara.
Leonard Coote tinha fundado um novo grupo – A Igreja Apostólica do Japão, bem antes. Somado a isto, Mary Taylor voltou ao Japão para se juntar à Igreja Apostólica do Japão em 1950.
A fim de examinar a razão por quê alguns missionários tiveram seus nomes excluídos da lista atual da JAG, faremos um breve esboço dos missionários negligenciados.
William e Mary Taylor eram naturais da Grã-Bretanha e vieram ao Japão em 1905 com a Banda de Evangelização do Japão. Por volta de 1911, desembarcaram em Nagasaki como missionários da União dos Missionários Pentecostais. Os Taylors iniciaram um ministério chamado “A Porta da Esperança”, em Kobe, que era uma base de missões para pobres, moças caídas e proscritos. Além deste trabalho em Kobe, eles também tinham um ministério em Okayama, onde treinavam moças para o trabalho de evangelização.
Sua cooperadora, Nikki, recebeu o Batismo com o Espírito Santo quando era batizada em águas, em algum tempo antes de 1914. Ela deve ter sido uma dos primeiros japoneses que tiveram esta experiência. Os Taylor formaram sua própria missão, também chamada de “Porta da Esperança”, em 1921. Entre 1921 e
Eles tiveram ajuda de muitas pesoas da Inglaterra que vieram ajudar seu ministério, tais como Esther Keene, Nettie Barton e Mae Straub. Parece, entretanto, que eles não levavam em conta certas diferenças teológicas, como por exemplo, suas relações muito próximas com Leonard Coote.
Durante a II Guerra, a Senhora Taylor estava na América e trabalhava entre japoneses nos campos de concentração. Depois da guerra, em lugar de se juntar às Assembléias de Deus do Japão, ela decidiu unir-se à Igreja Apostólica do Japão - unitariana.
3.2.2 – Bernauer
Estella Bernauer foi salva em 1898 e converteu-se da idolatria, ao ouvir um sermão de Anna Proser. Em 1910, Yoshio Tanimoto veio para a cidade onde ela vivia naquele tempo. Depois que Estella testemunhou para ele, recebeu o batismo com o Espírito Santo e ela sentiu que sua chamada seria para o Japão. Então ela partiu, deixando sua filhinha com a mãe na América e desembarcou em Yokohama em abril de 1912. Sua base missionária em Tokyo era chamada de “Missão Apostólica.” Bernauer ministrou para universitários e pessoas carentes. Ela frequentemente tinha problemas financeiros. Sua filha, Beatrice, juntou-se com ela mais tarde ajudando-0 como sua intérprete, assim que crescera.
Mais tarde, Bernauer ganhou um operário japonês chamado Ichitaro Tanigawa. Ele foi batizado pelo Espírito Santo em dezembro de 1914 e ordenado ministro em dezembro de 1915. Ele foi uma das primeiras pessoas a receber o Batismo com o Espírito Santo no Japão. Além disso, foi um dos primeiros japoneses pentecostais a ser ordenado pastor.
As atividades de Estella Bernauer e seu relacionamento com as Assembléias de Deus eram complicados. Parecia que ela tinha deixado o grupo por volta de 1919, mas logo se reintegrou entre 1924 e 1925. Também é provável que ela seja uma dos missionários da Assembléia Pentecostal Mundial - o grupo unitariano, apesar de que negasse a crença nesta teologia, em 1916. Além disso, parece que ela e a filha Beatrice tenham permanecido mais ou menos independentes por alguns anos.
3.2.3 Gray
F. H. Gray e sua esposa vieram para Yokoham em 1914, e depois de estudar a língua, rumaram para Koga, Tochigi. Eles trabalharam entre as operarias de uma fábrica de seda, começando uma missão nesta cidade. Enquanto outro casal de missionários, Os Moore, estiveram de licença em 1918, eles cuidaram da missão de Yokohama. Os Gray tiveram dificuldades para cuidar das duas missões – a deles em Koga e a dos Moore
Enquanto estiveram no Japão, os Gray faziam parte da Missão das Assembléias de Deus. Entretanto, seus nomes aparecem registrados, entre 1919 e 1920, na Assembléia Pentecostal Mundial. Além disso em 1937, ele voltou para o Japão com o grupo unitariano de Coote – A Missão Apostólica do Japão.
3.2.4 Coote
Leonard Coote era um negociante inglês. Ele veio para o Japão em 1913 e trabalhou por quatro anos em uma fábrica de sabão. Ele tornou-se um cristão nascido de novo e recebeu o batismo com o Espírito Santo em 1917. Coote tinha decidido ir para a África, mas foi forçado a ficar no Japão por causa da II Guerra. Ele foi para Yokohama e ajudou os Gray, tanto quanto a outros missionários pentecostais em Tókio, tais como Bernauer e C. F. Juergensen.
Os missionários de Denominação Pentecostal - Missionários do Conselho Geral, tais como J. W. Juergensen, Jessie Wengler, e Ruth Johnson chegaram em
Ruth Johnson veio ao Japão em algum tempo antes de 1919, mais tarde ela se tornou uma amiga de colega de quarto de Jessie Wengler, uma das missionárias do Conselho Geral que veio para o Japão em 1919. Johnson e Wengler moravam próximas dos Moore. Johnson foi uma dos membros primeiros membros que fundaram o Conselho do Distrito do Japão. Sela voltou para os EUA com os Moore de licença em 1921, mas desistiu de um casamento marcado para voltar ao Japão.
Nellie Barton de Peckville, Pennsylvania esteve no Japão de
Harriett Dithridge, anteriormente uma missionária batista, chegou no Japão em 1910. Depois retornou aos EUA, tornou-se pentecostal, e em 1924, voltou ao Japão como uma missionária do Conselho Geral. Ela iniciou uma Escola de Treinamento Bíblico para mulheres japonesas que foi aprovada como uma das escolas do Conselho Geral. Entretanto, devido a fundação de outra Escola Bíblica, ela foi notificada para fechar a sua; sentindo-se incapaz de fechar a escola, em vez disso ela abandonou as Assembléias de Deus, tornou-se uma missionária independente e continuou seu ministério no Japão. Ela ficou no Japão mesmo depois da explosão da II Guerra. Depois de ser enviada para um campo de concentração dentro do Japão em 1942 e ser mantida ali por um ano; ela foi repatriada para a América. Pelo resto da guerra ela trabalhou nos campos de concentração de japoneses no oeste dos EUA. Ela voltou para o Japão depois da guerra.
Mary Rumsey esteve no Japão de
H.E, Smith, sua esposa e filha Marie eram da Austrália e estavam no grupo “Rebanhos Pentecostais do Mundo” um Grupo de Coote no Japão. Eles estiveram sediados em Kyoto de
Arthur E. Randall do Canadá ficou em Ikoma onde estava a Escola de Treinamento Bíblico de Coote, e estava com o grupo de Coote, a Igreja Apostólica do Japão, de
4. De uma ampla associação para denominações
Nós temos visto que ao menos alguns dos primeiros missionários uniram-se para formar uma missão chamada “Assembléia de Deus”. Nós encontramos evidências de outros contatos entre missionários. For exemplo, em 1917 alguns missionários pentecostais ajuntaram-se para uma reunião
Esta foi uma ampla associação de missionários pentecostais, mas é difícil chamá-la de tentativa para formar um grupo. Durante o primeiro período, os missionários pentecostais sabiam geralmente que outros missionários também pentecostais estavam no Japão, mas que trabalhavam mais ou menos de forma independente. Além do mais, mesmo que fossem todos pentecostais, suas visões teológicas variavam grandemente.
Esta ampla associação dividiu-se em dois grupos principais na fundação do Conselho do Distrito do Japão das Assembléias de Deus, em 1920. Estes foram os 12 missionários presentes na reunião do distrito: Alex Munroe e sua esposa, C. F. Juergensen e sua esposa, Agnes e Marie Juergensen, J. W. Juergesen e sua esposa, B. S. Moore e sua esposa, Jessie Wengler e Ruth Johnson.
Na lista dos missionários da Assembléia de Deus do Anuário Cristão do Japão de 1919, Beatrice Bernauer, Estella Bernauer, Coote, Frank H. Gray e sua esposa, e William Taylor e sua esposa estavam faltando agora neste novo grupo.
5. Nova Ordem
As palavras de Dithridge revelam a situação dos missionários pentecostais em 1924. Ela escreveu:
Desta maneira, Dithridge, mesmo sendo da Assembléia de Deus também mantinha sua amizade com Coote. Após se tornar independente em 1929, ela aparece no grupo de Coote, aqui e ali. Além disso, Mary Taylor uniu-se com a Igreja Apostólica do Japão, depois da guerra, em vez de se unir com o Conselho Geral.
6 – Quem foi apagado da História e por quê?
Coote, Gray, Estella e Beatrice Bernauer adotaram a doutrina unitariana.
das pessoas que fundaram a Nihon Assemburiizu obu Goddo. Os Taylor, que tinham seu ministério a “Porta da Esperança” em Kobe, estavam fisicamente distantes daquelas pessoas e não mantiveram relações estreitas com eles. Por outro lado, estavam fisicamente perto tanto quanto em boa convivência com Coote. E, significativamente, apesar de que mantiveram uma longa filiação com a AD antes da guerra, depois dela Mary Taylor decidira unir-se ao grupo de Coote.
Harriett Dithridge, Ruth Johnson, Nettie Barton e Mary Rumsey foram missionários das Assembléias de Deus por apenas poucos anos.
São eles: Arthur Randall do Canadá e H. E. Smith da Austrália. Eles não voltaram ao Japão depois da guerra. Seus laços como missionários das Assembléias de Deus foram também muito curtos.
Tendo reconhecido a exclusão dos nomes de certos missionários do registro histórico, eu gostaria de propor uma estrutura para o período pré-guerra da história da JAD, a qual poderia ser usada como uma ajuda para entender nosso exame futuro desta história. Sugerimos que a organização e estrutura das Assembléias de Deus passaram por sete estágios de desenvolvimento, com seis etapas separando estes estágios. Três destas etapas entre as seis, foram pontos de conflito ou no mínimo de divisão entre os líderes do grupo. Como vimos no exame dos nomes dos missionários antes da formação do distrito do Japão, a associação pentecostal no Japão era bem ampla. Depois da formação do Distrito do Japão, a Pentekosute Kyokai (Kyokai = Igreja) começou a sobressair, organizada sobre uma teologia especificamente trinitariana. Era assim quando o primeiro estágio começou.
7.1 Primeiro Estágio
A Nihon Pentekosute Kyokai (Igreja Pentecostal do Japão)
Eles tinham um credo com cinco grandes confissões de fé: “Crer na Bíblia como a Palavra de Deus; crer na regeneração; crer na santificação; crer no enchimento interior com o Espírito Santo e crer na segunda vinda de Jesus. Além disso, a teologia da trindade era a base de seu credo.
7.2 Segundo Estágio
A organização da Nihon Seisho Kyokai ( Igreja Bíblica do Japão)
Em 1929, o novo governo da igreja era formado com os missionários ainda na sua liderança, mas com um pouco mais de envolvimento de obreiros nativos. A recém formada Nihon Seisho Kyokai é a Igreja japonesa do Distrito do Japão, do Conselho Geral das Assembléias de Deus [dos Estados Unidos]
O ano inicial da organização da missão foi trocado outra vez de 1908 para 1914 fundada na América. O Nome – Nihon Seisho Kyokai, existiu até sua união com a Nihon Kirisuto Kyodan (Igreja Unida de Cristo no Japão) por imposição do governo em 1941, em tempos de guerra. Embora esta Nihon Seisho Kyokai não fosse uma organização estável e seguisse por várias mudanças de curso em um curto período de tempo.
7.3 O Terceiro Estágio
A reorganização da Nihon Seisho Kyokai
e a cisão da Takinogawa Seirei Kyokai ( Igreja do Espírito Santo de Takinogawa). Em 1937, a Nihon Seisho Kyokai foi reorganizada. E esta reorganização ajudou a criar uma forte campo unindo os missionários do Conselho Geral e suas igrejas com as de outros cristãos pentecostais. Esta mudança foi discutida em agosto de 1937. Porem, ela trouxe um resultado inesperado para o grupo do Conselho Geral, que foi a cisão do grupo de igrejas do grupo Takinogawa e o surgimento da Takinogawa Seirei Kyokai.
Lendo as informações dadas pelo “Anuário Cristão do Japão”, embora a Nihon Seishoi Kiokay tivesse feito a divisão, o corpo da missão não parecia ter se dividido. A Takinogawa Seirei Kyokai deixou o grupo das igrejas chamadas Nihon Seisho Kyokai. Ela era liderada por C. F e Marie Juergensen e Kyoma Yumiyama, no final de 1937. A Takinogawa Serei Kyokai declarou que tinha começado em 1925, por C. F. Juergenesen com a cooperação de Kiyoma Yomiyama. Este foi o ano em que a Takinogawa tinha comprado sua propriedade. Esta Igreja manteve-se no Japão até 1941.
A maioria dos crentes da Igreja anterior - Nihon Seisho Kyokai - permaneceu com ela depois que foi reorganizada, sob seus novos líderes: Norman Barth e Jun Murai. Esta recém fundada Nihon Seisho Kyokai era diferente, por natureza, das organizações anteriores. Até ali, este grupo era a igreja japonesa do Conselho Geral. Entretanto, depois de reorganizar-se, o novo grupo foi formado com a união de cristãos vindos de diferentes grupos pentecostais trinitarianos. Este grupo mudou sua origem de 1914 para 1937, salientando o derramamento do Espírito Santo na Tokyoi Nihon Seisho Kyokai, em Nishi Sugamo em julho de 1933. De fato, este derramamento foi uma das principais causas da união por trás desta nova organização.
7.4 Quarto Estágio
A Nihon Seisho Kyokai Nativa.
Em 1940, a Nihon Seisho Kyokai declarou sua intenção de cortar os laços que a ligavam com a missão estrangeira, e assim tornou-se uma organização independente, consagrando Jun Murai como seu bispo. A tensão do tempo de guerra forçou os missionários a deixarem o Japão e retornar para casa. Por isso, o corte dos laços com os missionários estrangeiros não é talvez compreensível. A posse de Murai como bispo, entretanto, foi uma transição súbita. Naquele momento a Nihon Seisho Kyokai passo a ser a Igreja de Jun Murai.
7.5 Quinto Estágio
A saída de Murai da Nihon Seisho Kyokai
Começando em 1941, a Lei dos grupos religiosos foi imposta pelo governo japonês e as igrejas cristãs foram obrigadas a se unirem tornar-se uma só igreja – A Igreja Unida de Cristo no Japão. A Nihon Seisho Kyokai também foi preparando-se para juntar a esta Igreja Unida. Mas antes de fazê-lo, outra grande mudança ocorreu: a saída de Jun Murai e seus seguidores do que restou da Nihon Seisho Kyokai.
Os líderes ministeriais da Nihon Seisho Kyokai estavam viajando em Taiwan em 1941, e ali estiveram em contato com a “Igreja Verdadeira de Jesus” de Taiwan, que esposava a doutrina unitáriana. Entre estes líderes da Igreja do Japão, estava Jun Murai e um outro que aceitaram esta doutrina.
Murai fundou depois uma nova igreja ou alterou o nome da antiga, dependendo do ponto de vista. A “Iesu no Mitama Kyokai ( Igreja do Espírito de Jesus) e manteve-se como bispo. E eles continuaram a reivindicar que a data de origem do grupo foi no grande derramamento do Espírito Santo na Igreja de Nishi Sugamo em 1933. Este grupo não se juntou com a “Igreja Unida de Cristo no Japão” e permaneceu independente durante a guerra. O rebanho que saiu da Nihon Seisho Kyokai ou não seguiu Murrai ou ficaram espalhados até sua junção com a Igreja Unida de Cristo no Japão.
7.6 O Sexto Estágio
A União sob a Nihon Kirisuto Kyodan
A Igreja Unida de Cristo no Japão. Ambos os rebanhos remanescentes da Nihon Seisho Kyokai e Takinogawa Seirei Kyokai individualmente uniram-se como décimo departamento da Igreja Unida de Cristo no Japão, em junho de 1941. Durante a guerra as duas igrejas permaneceram na Igreja Unida.
7.7 O Sétimo Estágio
A fundação da Assemburiizu obu Goddo Kyodan
As Assembléias de Deus do Japão. Depois da guerra, os líderes da antiga Nihon Seisho Kyokai quiseram deixar a Igreja Unida de Cristo no Japão e estabelecer uma nova Igreja Pentecostal, a qual uniria os membros dos dois grupos anteriores – da Nihon Seisho Kyokai e da Takinogawa Seirei Kyokai. Como resultado, a Nihon Assemburiizu obu Goddo Kyodan – As Assembléias de Deus do Japão - foram fundadas em 15 de março de 1949, com a ajuda dos missionários do Conselho Geral [EUA] unindo os cristãos pentecostais. Havia no início, 19 ministros de 17 grupos [ou congregações] e aproximadamente 800 membros, no total. E as Assembléias de Deus adotaram a chegada de C. F. Juergensem [1913] como ano inicial da IADJ.
Deixe-me sugerir que foram três os maiores nós, que turvaram a historiografia sem explicações, causando espaços em branco ou pontos de ambigüidade na história da ADJ.
8.1 O primeiro nó – (por volta de 1920).
O primeiro nó foi uma divisão dos missionários com base no credo teológico deles. Em 1920, Por causa da fundação do Distrito do Japão do Conselho Geral, aquela ampla associação dos missionários pentecostais porque os não-trinitarianos deixaram o grupo.
8.2 O Segundo nó – (1937)
O segundo nó foi a cisão da Takinogawa Seirei Kyodai da Nihon Seisho Kyokai. Esta divisão foi mencionada resumidamente, de passagem, na segunda historiografia da ADJ, e não em absoluto na primeira. Como resultado obteve-se uma imagem distorcida e o registro das atividades do grupo tornou-se ambíguo, turvando e dificultando a compreensão. A razão e as conseqüências desta cisão vão permanecer como tópicos para um estudo posterior.
8.3 O terceiro nó – (1940 – 1941)
Acontecido dentro da nova Nihon Seisho Kyokai, este nó tem duas dobras. Uma aconteceu em 1940, depois do corte de relacionamento entre a missão estrangeira e o grupo japonês, quando Jun Murai foi empossado como bispo. A outra foi na saída de Murai e seus seguidores da Nihon Seisho Kyokau, em 1941.
Só um pequeno grupo de líderes "japoneses" ainda estava vivo na fundação da ADJ em 1949. Dos missionários do pré-guerra: Marie Juergensen, Jessie Wengler, Florence Byers, John Clement e sua esposa, estiveram presentes na fundação da nova ADJ. Entre eles, Marie Juergensen que foi a primeira a vir para o Japão, em 1913. Por isso, Marie Juergensen teve o papel principal de contar a história do grupo.
Os historiadores dos dois livros da história oficial da ADJ tentaram organizar informações passadas por Marie Juergensen. Por isso, é natural que a história do pré-guerra nos tempos da ADJ sob o ministério de C.F. Juergensen [fosse lembrada] e o trabalho de outros missionários ignorado.
Atualmente, [2001] a ADJ possui 208 congregações e 9.626 membros. Mas quando recomeçou, em 1949, consistia de 13 congregações; a maioria delas vindas da antiga Nihon Seisho Kyokai ( Igreja Bíblica do Japão) e da Takinogawa Seirei Kyokai (Igreja do Espírito Santo de Takinogawa), mais algumas Igrejas Independentes, e de poucas igrejas recém-formadas.
Existe uma atitude subjacente do contador da história em deletar da sua história ou minimizar o papel de qualquer missionário, obreiro nativo ou membro da igreja, que mais tarde deixa a comunidade. Isto resulta no completo desaparecimento de algumas pessoas da historiografia, (p.ex.: Taylor).
Em outros casos, o papel da pessoa é considerado bem menor, deixando uma impressão distorcida de sua significância dentro da história da igreja (p.ex.: Murai). Estas coisas acontecem mesmo naqueles casos em que estas pessoas foram figuras chaves dentro do grupo.
Esta é uma das razões pelos espaços em brancos na historiografia da ADJ - a memória dos historiadores. Este é o problema fundamental nos registros históricos da ADJ. Os contadores da história e os livros históricos da ADJ não conseguiram mostrar o quadro inteiro, e não fizeram menção, nem explicaram com detalhes suficientes os pontos de conflito e cizânia.
Neste artigo tentei examinar a história do pré-guerra das ADJ - Assembléias de Deus do Japão, preenchendo alguns buracos e apontando outros, em áreas de divisão e controvérsia ainda ambíguas. Devido a falta de informação preservada no Japão tanto quanto a falta de confiança em outras que estão disponíveis, esta não foi uma tarefa fácil. Não obstante, foquei especialmente os missionários que foram omitidos da história da ADJ. Não explorei, entretanto, os obreiros nativos que foram esquecidos. Para os missionários do pré-guerra, foi importante ter intérpretes, obreiros nativos e mulheres de Deus. Com a omissão dos missionários, os obreiros nativos que trabalhavam com eles também foram esquecidos da ADJ. Houve muitas mudanças e divisões e seus registros são freqüentemente ambíguos quando não todos apagados das historiografias da ADJ. Muitas das ambigüidades e deleção ainda estão em áreas intocadas tópicos clamando por estudos posteriores.
Antigamente, as historiografias da ADJ focavam sobre o ministério de C. F. Juergensen e seu grupo. Mas se nós enfatizarmos demais o ministério deste grupo missionário – não importa quão fervoroso, dedicado e frutífero ele tenha sido, nós perdemos muito da história e vamos terminar pintando um quadro fragmentado e borrado. Um modo de corrigir este problema deve ser, primeiro, traçar a história de diferentes missões e Igrejas iniciadas por todo missionário com seus obreiros nativos e então examinar o quanto destes ministérios estão relatados e intra-relatados. Se tal tarefa for de fato possível, e se for executada com sucesso, nós poderíamos então restaurar nitidamente um quadro histórico completo.
Uma vez que os borrões e os brancos existem, nossa compreensão da história da ADJ permanece incompleta. Como um prefácio, espero que este estudo tenha começado a espalhar uma luz sobre áreas da história, as quais têm até agora permanecido envoltas na escuridão. Pode ser, todavia, o primeiro passo para guiar-nos à verdade sobre o nosso inteiro passado. Porque não posso duvidar que esta compreensão da verdade sobre nossa história nos levará, em última instância, a um entendimento mais firme da identidade da ADJ. E estou igualmente convencido de que ganhar tal entendimento é necessário para nos guiar em como prosseguir para edificar a Igreja de Deus neste século”.
Tempo: três dias
Conclusão - 00:14 - Quarta -06.02.2008
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